domingo, julho 03, 2005

overture85

Não faço idéia o quanto de vida será dada a esse blog.
Devo lhes dizer que tudo que for escrito aqui é para simples descarrego pessoal, não acredito que meus versos e reflexões possam lhes dizer algo em exato, como decorrerei futuramente.
E é talvez um tanto desligado ainda, que dou início às minhas palavras cansadas, egoístas e incertas.
Sou só um homem, e carrego todos os defeitos e incoerências da espécie, portanto não tenho a intensão de parecer algo que não me é.




Inspiramentação

Me encontro vil,
A falar com os brancos papéis,
De eterna sabedoria,
Os óculos me trazem marca
De certa sabedoria irrequieta,
Sedenta,
Mínima...

O delirante sabor do álcool
Me corre pelos lábios rubros desorientados,
Furor louro azulado da nova idade,
Impulsos orgásmicos assustados,
Penetrantes...

Sentir sempre foi algo deveras abstrato,
Em seu mais completo signo...
Mas agora meu tenho como UNO,
Inspiração que me percorre,
Suor que corre
Em carne humanizada,
Fluído...

Idéias não me correspondem
Ao que real sinto na poética falada,
O eu-lírico insignificante nunca
Será espelho do denso e vermelho
Total existente em sua alma...

Porta voz do incompreensível e momentâneo,
Me calo...
E deixo ao mundo contida parcela
De embriaguez visceral,
Razão universal que o homem não dá mais conta,
Deixo minha existência e lucidez,
Anos novos que me embalam,
Novos anos que levo,
Feliz...
Luzcidal!

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