all you need is love!?
Logo que a angústia me toma pelo braço, me sinto na necessidade de escrever. Não sei até que ponto existe eficácia neste feito mas o fato é que me serve de algo bom, de alguma forma.
Tenho me visto de angústias que não se encontram de quaisquer resoluções sinceras, e todas elas, devo dizer, todas elas me levam a um ponto comum: o amor. Maldito tema que institucionalizado, se perdeu para os beijos falídos de filmes hollywoodyanos, e não se tem como essência humana. Não me tomem erroneamente, acredito no amor, e procuro viver amando, e quando digo que amo não me refiro ao amor das novelas e que ouvimos em letras de Teen Idols. Me digo do amor às coisas que me envolvem e que constituem minha vida, a minha individualidade.
O grande problema, a grande angústia, se forma quando nós já não temos certeza do que de fato constitui nossas vidas, sendo que tudo que existe passa por severas transformações e não podemos (nem devemos) retarda-las.
Logo, não temos a segurança de onde depositarmos nosso amor. Deixamos de viver, pois deixamos de amar.
E numa sociedade onde todos somos descartaveis e consumiveis, não me enchergo de amores. Meu rock and roll está podre e fétido, minhas mulheres mortas e sepultadas, meus poetas não tem mais voz, e meu país não me reconhece. Tenho meus amigos, que amo e necessito, e minha conciência que me atormenta dia após dia.
Encontrei a liberdade quando me livrei de todas e quaisquer expectativas. Assim, vivo um pouco a cada dia, e a cada dia deixo minha busca por algo que possa me encontrar de amor, já que é disso que somos feitos, e somos por sí só...nada nos completa.
sem poemas hoje.
inconstante!
A muito não escrevo neste já quase abandonado blog. A grande verdade é que nos últimos tempos não me vejo com grandes motivações para escrever, muito menos para fazer postagens com algum valor de alma. Sei muito bem que não é necessario "um tempo" para sí mesmo para que possamos nos encontrar de qualquer resposta que venhamos a investigar. Mas o fato é que quando estamos com a cabeça cheia e já saturada por assuntos que não podemos ter o devido controle, obrigatóriamente não conseguimos voltar nossas atenções para dentro.
Isso não é uma justificaiva pelo longo abandono deste espaço, muito menos algo que considere merecedor de grandes atenções...sem falsa modéstia.
Mas deixarei aqui registrado um momento meu, para nosso tempo seja aproveitado de alguma forma:
Dança do Mundo (bailinho)
Nos encontramos adormecidos,
Em leito de morte,
As ruas desesperadas,
Clamam por olhos atenciosos,
Mas nossos egos sedentos,
Trazem gozo desenfreado e insano,
Me repito, repito!
Não me agüento na multidão,
Essa maldita repetição,
Que me leva a parcela contida de solidão,
Nas ruas andam seres,
Que sonâmbulando,
Instituem suas rotinas de cabresto,
Massa que forma,
Gado de figura triste,
Que carregando os grandes
Homens nas costas,
Seguem em direção ao abatedouro,
São acorrentados a seus sonhos,
Correntes de ostentação...
Eloqüentes teatro de fantoches,
Maquiagem urbana,
Sorrisos sedosos pintados a mão,
Aplausos, aplausos!
Brindemos ás nossas vidas hipócritas!
Brindemos aos nossos falsos prazeres,
Louvemos aqueles que carregam consigo
A guerra armada contra o terror,
Louvemos os homens...os homens...
E agradeçamos a Deus...
Nosso aconchegante e confortável Éden,
Artificial...
E a multidão para por um instante,
Aplaude!
E festeja
Victor S. 20/10/04
Nextel - Thiago "Tôca" Santos
Há 14 anos
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