segunda-feira, março 31, 2008

De lírios à vidas breves

Estou atado a todas as minhas palavras,
Não sou nada além de palavras
Que vacilam e perdem significado,
Que não são nada além do que são,
Quando estão sós...

Não sou nada além de lágrimas,
Já que palavra eu já nãosou,
Navego por um mar que eu mesmo criei
Me afogo e me volto a vida,
Constantemente, num temporal
Onde o mar e o choro se fundem em um só lamento,
Um vai e vem descontínuo,
Uma melancolia mórbida e amarela,


Vejo-me preso a sorrisos dos quais ñ pertenço,
E me omito,
Omito todo o meu ser,
Recolho minhas lágrimas e distribuo sorrisos polidos,
Acredito nas minhas mentiras,
E me conforto na minha eterna falta...

Não sou mais nada,
E não me prendo a nada mais...
Sou o delírio de quem é vivo,
E existe.

2 comentários:

Isadora Ferraz disse...

somos breves momentos de palavras engasgadas, arrastadas para um fundo de um mar turvo. de um mar de lágrimas, de sussurros. de corpos perdidos.

bzu
e não deixe de caminhar pelo meu blog, de repente não vejo mais comentários por lá =(

Anônimo disse...

vc é gay.....


abrasssssssssssss