quinta-feira, agosto 23, 2007

Romano Pós- Moderno

Oh! Romano Pós- Moderno,
Veste carros e consome chips,
Acorda cedo,
Tem família, casa própria,
rotina...
Trabalha para atingir,
o inatingível sucesso
No mercado da vida
escolhe entre milhões de possibilidades
nunca deixa de escolher,
não escolher é fenecer...
Sua rotina é riso,
A solidão sua cova,

Oh! Romano Pós- Moderno...
Usa os mais caros ternos,
Se preenche de aparências
com palavras polidas
e sorrisos estagnados,
Rí do Eterno
filho da globalização,
é multi-étnico,
multi nacional,
multi funcional,
Mistura de Feng Shui com Fátima Bernardes
Amém ao Zen!

Oh! Romano Pós- Moderno,
Seu coração é tão grande...
ecletismo e pluralismo,
de tudo ama um pouco,
não discute, goza!

Oh! Romano Pós- Moderno,
suas vísceras são engrenagem,
o coração é de plástico,
cria a arte do cotidiano,
a anti-arte da arte
o anti-cotidiano é cancêr,
e o cancêr é arte,
faz arte na rua,
e rua na arte...

Oh! Romano Pós- Moderno,
Feito de falsos sorrisos sinceros,
segue a risca o manual,
Vive de cabrestos e conquistas,
Num turbilhão de informações...

Oh! Romano Pós- Moderno,
A vida é feita de sonhos e ironia,
num fio de melancolia
no final da poesia...
A vida é feita de sonhos e ironia,
num fio de melancolia
no final da poesia...

Um comentário:

Anônimo disse...

Hahahahaha Vi, nao consegui pensar em nada inteligente para comentar.
Mas eu amei a poesia. Ficou engraçada, irônica e sagaz.
Adorei, ficou realmente ótima!!

Beijos pra vc.


PS: eu estava inspirada ontem, não hoje...hahaha.